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Deputado Raimundo Santos defende taxa mineral e vacinação urgente de jornalistas na cobertura diária da pandemia

Parlamentar critica movimentação da Vale para não pagar tributação; ele quer profissionais de Imprensa com direito à imunização prioritária 

O deputado Raimundo Santos (Patriota) ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa (Alepa) hoje (13 de abril), durante a sessão plenária mista, abordando o direito pela cobrança da taxa mineral no Pará, e também fez referências à moção 225/2021, em que defende a vacinação prioritária de profissionais da Imprensa que cobrem no dia a dia a pandemia do novo coronavírus.
 
“Tive a honra de ser o relator do projeto da taxa mineral que esta Casa aprovou”, disse ele. “Naquela oportunidade, fiz diversas emendas resgatando a constitucionalidade do projeto, a legalidade e também a regimentalidade. Foi um debate amplo com a Procuradoria [Geral] do Estado, com órgãos do governo e diversos parlamentares, e ao final nossas emendas foram aprovadas”, recordou.

Raimundo Santos lamentou a mobilização da mais famosa mineradora do País para retirar um direito que ele entende ter sido conquistado pelo Estado. “A Vale está tentando, por meio da Confederação Nacional das Indústrias [CNI], eliminar essa cobrança. A Vale tem lucros bilionários, está pagando uma indenização de R$ 40 bilhões para Minas Gerais pelos problemas havidos em Brumadinho”, observou.

“E de onde a Vale tira esse dinheiro? Tira daqui, das entranhas do Estado do Pará, das riquezas do povo do Pará, de forma que os cerca de R$ 500 milhões que temos hoje, do pagamento da taxa mineral, em nada compensam senão a fiscalização que deve ser feita relativamente a problemas ambientais, sociais e econômicos deixados pela Vale”, criticou.

Com relação à sua defesa para a imunização de profissionais de Imprensa que cobrem diariamente a crise sanitária, ele afirmou: “Apresentei uma moção a esta Casa com relação a grupos prioritários da vacinação, dentre eles os jornalistas que estão na linha de frente da cobertura do que está acontecendo nos hospitais, nos postos de saúde, nas UPAs [Unidades de Pronto Atendimento], pelas ruas, aglomerações – e esses profissionais enfrentam um risco muito maior do que quem não está na linha de frente, quem tem o seu trabalho diferente, em termos de aglomeração”, alertou.

“Então foi solicitado na moção que apresentei a esta Casa, ao governo do Estado, à Secretaria de Saúde, ao Ministério da Saúde, que esses ‘soldados a serviço da informação’, que estão no ‘front’ da guerra contra um inimigo invisível – não só invisível mas letal, que estão todos os dias atuando para esclarecer a população e assim até ajudar a salvar vidas –, que sejam vacinados prioritariamente”, defendeu o líder do Patriota na Alepa. 


Em sua manifestação, ele ainda declarou:
“Nesse tempo de crise sanitária e fake news, é preciso que alguém informe o correto, o acertado, o caminho, a trilha, e são os jornalistas que estão fazendo esse trabalho. Então quero enfatizar que todos os veículos de comunicação envolvem profissionais, não apenas repórteres, mas fotojornalistas, técnicos, radialistas, entre outros, que colocam a vida em risco exatamente para cumprir a sua missão cotidiana. São dignos, portanto, de congratulações, de parabéns mais efusivos. Esses batalhadores, verdadeiros ‘apóstolos’ da informação para salvar as vidas, merecem ser colocados, portanto, entre os grupos prioritários. Então faço esse registro cumprimentando também o papel do Sindicato dos Jornalistas do Pará, Sinjor, e da categoria, que sempre estão na defesa, na vanguarda das questões da boa, correta, salutar, verdadeira informação para o povo do Pará”.
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