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Bubalinocultura no Marajó: Maior Produtor, Benefícios da Carne de Búfalo e a Riqueza Cultural

Baseado na grande criação de búfalos local, projeto de lei do deputado Raimundo Santos prevê título à região

O Arquipélago do Marajó deve ser reconhecido em breve como a “Capital Nacional da Bubalinocultura”. O deputado Raimundo Santos apresentou o projeto de lei nº 5143/2023 com a proposta, que já tramita na Câmara dos Deputados desde o dia 24 de outubro.

De acordo com o artigo 2º do PL, o “reconhecimento público decorre de o Arquipélago do Marajó ser o maior e mais importante centro de produção de bubalinos no País”. Os famosos búfalos do Marajó já são parte secular do cenário marajoara, viabilizando o incremento econômico, que inclui a produção de carne e queijo, dinamiza o turismo e valoriza a cultura e costumes locais.

Segundo a justificação do parlamentar, os búfalos são “símbolos imagéticos tradicionais e característicos do Pará” e constituem-se em “fator basilar da economia de todo o conjunto da pecuária e do agronegócio do Estado”. “A bubalinocultura local contribui de forma expressiva com a balança comercial brasileira e o Produto Interno Bruto (PIB) ao gerar, com sustentabilidade e em larga escala, um padrão de carne devidamente certificada e apresentando preços competitivos nos mercados interno e internacional”, ressalta Raimundo Santos em outro trecho da argumentação.

“A história relata que os bubalinos chegaram ao País no final do século XIX, originariamente introduzidos em terras marajoaras, de onde foram espalhados em outros Estados da região Norte e demais unidades federativas. Assim, a bubalinocultura tem como característica a criação de búfalos domésticos asiáticos altamente adaptados à inserção na cadeia agroindustrial de carne e leite”, relata ele.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no ano de 2021 o rebanho nacional era composto por 1,55 milhão de bubalinos. Desse total, o Pará, maior produtor, concentrava nada menos que 40% dos animais, dos quais são extraídos outros itens da mais alta qualidade, destaque para o famoso “queijo do Marajó” ou “queijo marajoara”.

Informações da Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará) divulgadas no dia 20 de janeiro em seus canais oficiais dão conta de que o Estado começou o ano de 2023 liderando o ranking de rebanho de búfalos com um total de 750.301 animais. Conforme o levantamento, o principal centro de produção bubalina é o Arquipélago do Marajó. O Pará registrara um crescimento superior a 30% do rebanho comparativamente a 2019, quando totalizava 20.692.100 búfalos.
O estudo avaliou que o cômputo dos números foi “resultado de aporte tecnológico e ações de sustentabilidade, o que pode ser observado na tecnificação da criação de animais, que inclui rotatividade e adubação do pasto, que permite melhor aproveitamento da área e maior lotação de animais; controle sanitário e melhoria genética dos animais, permitindo o abate a partir dos 18 meses, o que antes exigia 60 meses”.

Com dados tão expressivos, a região do Marajó, composta por 17 municípios, justificaria plenamente os motivos para ser meritório o título nacional motivo desta proposição, considerando-se o manejo e a contribuição de maneira decisiva para pôr na mesa do consumidor um produto de maior qualidade, mais saudável.

Estudos técnicos já comprovaram que a carne de búfalo tem cerca de 55% menos calorias, 40% menos colesterol, 12 vezes menos gordura, 11% mais proteínas e 10% mais minerais do que a bovina, combinando-se o sabor, que depende muito dos tipos de corte e preparo.

Para aproveitar as diversas técnicas ou “segredos” da carne bubalina do Marajó, há uma variedade de cortes nobres como picanha, contrafilé, filé mignon, chorizo, ancho, fraldinha, maminha, prime rib, assado de tira, baby beef, costela minga premium, bombom da alcatra e T-Bone.

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