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Deputado Raimundo Santos homenageia mulheres e critica etarismo

Parlamentar enaltece participação feminina na sociedade, presta solidariedade a universitária vítima de preconceito por motivo de idade e anuncia projeto que combate esse tipo de comportamento

Na sessão plenária deliberativa extraordinária e semipresencial da Câmara Federal realizada nessa terça-feira 14 de março, o deputado Raimundo Santos (PSD-PA) fez um pronunciamento em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, ocorrido uma semana antes, dia 8, quando, embora presente, não pôde fazer a sua manifestação pública na tribuna da Casa.

No resgate comemorativo pela data oficial, ele enfatizou que a Carta Magna brasileira prevê a garantia da igualdade de direitos entre homens e mulheres, mas que “na prática a caminhada ainda se torna longa no sentido de conquistarmos a eliminação da violência, a eliminação do preconceito contra a mulher”.

Na ocasião, ele apresentou solidariedade à universitária Patrícia Linares, que sofreu preconceito pela idade por ter sido aprovada com mais de 40 anos no curso de Biomedicina de uma faculdade particular em Bauru, interior de São Paulo. A nova caloura, que completou 45 anos no dia 14 deste mês de março, foi hostilizada por outras acadêmicas em vídeo que viralizou e gerou revolta.

“Estendo minha solidariedade a tantos brasileiros e brasileiras que diariamente neste País sofrem a discriminação”, declarou o parlamentar, referindo-se a restrições sociais impostas pelo tipo de comportamento também conhecido como ageísmo e idadismo. “Quando a idade vai se tornando mais longeva, mais honrada deve ser a pessoa, não discriminada”, defendeu ele, que anunciou projeto de lei de sua autoria que institui o Dia Nacional de Combate ao Etarismo.

Leia abaixo, na íntegra, a explanação do deputado Raimundo Santos no Plenário Ulysses Guimarães:
“Senhor presidente, na semana passada eu não pude fazer o meu pronunciamento neste plenário em homenagem às mulheres brasileiras, embora estivesse inscrito no horário destinado às breves comunicações. No entanto, senhor presidente, chegando ao meu Estado, algumas paraenses se ressentiram da ausência da minha fala quando fui anunciado mas não pude falar. E a minha esposa, Bela, enfatiza, poeticamente, que cada dia que nasce é o Dia da Mulher. Ela continua dizendo o seguinte: a mulher, com inspiração e amor, ela engrandece a vida do planeta, garantindo a sustentabilidade da vida, da família e da sociedade. Então, como o Dia da Mulher é todo dia, eu aproveito o ensejo para homenagear as mulheres desta Casa, as servidoras, deputadas, minhas queridas paraenses, as mulheres brasileiras de um modo geral. Até porque, senhor presidente, temos de um lado na Constituição Federal, no elenco dos direitos fundamentais, no pórtico, no primeiro dos direitos do artigo 5º, a igualdade entre homens e mulheres, respeitosamente a direitos e obrigações, mas na prática a caminhada ainda se torna longa no sentido de conquistarmos a eliminação da violência, a eliminação do preconceito contra a mulher. Daí a necessidade, uma verdadeira conclamação nacional, para que possamos estabelecer políticas efetivas nesse sentido.
E quero aproveitar, senhor presidente, para apresentar minha solidariedade à universitária Patrícia Linares, que sofreu etarismo, preconceito, não pela condição de ser mulher, mas a discriminação pela idade, porque estuda numa universidade tendo já mais de 40 anos, e nesse sentido estendo a minha solidariedade a tantos brasileiros e brasileiras que diariamente neste País sofrem a discriminação, senhor presidente, para concluir, no ambiente de trabalho, na escola, na universidade, nos restaurantes, em qualquer lugar. Isso é um preconceito, e quando a idade vai se tornando mais longeva, mais honrada deve ser a pessoa, e não discriminada.
Apresentei nesta Casa um projeto que combate o etarismo, estabelece o Dia Nacional de Combate ao Etarismo… Concluindo, senhor presidente, espero que tramite nesta Casa e tenha a aprovação dos meus ilustres pares para que possamos dar a dignidade e o respeito que as pessoas mais idosas merecem, porque produzem, trabalham, são úteis e têm o direito de sonhar por toda a existência”.

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