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Deputado pede implosão do prédio do Ministério da Fazenda como presente a Belém

Requerimento do deputado Raimundo Santos, líder do PEN, solicita ofício da Assembleia Legislativa do Pará ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, sugerindo que, em atenção à proximidade dos 400 anos de Belém, o prédio do Ministério, recentemente incendiado, construído com catorze andares na década de 1970 em pleno centro histórico de Belém, quando ainda não havia Plano Diretor do Município – que hoje só permite quatro pavimentos naquela área -, seja implodido para contribuir com o resgate do patrimônio arquitetônico, histórico, artístico e cultural da cidade, e a sua necessária revitalização.

Incêndio no prédio do Ministério da Fazenda em Belém

O parlamentar, que é o Ouvidor da Alepa, também propõe uma audiência pública a fim de que os munícipes se manifestem acerca do uso mais adequado do local, e já pediu que sejam cientificadas as entidades que atuam em defesa de Belém, entre elas Fórum Landi; Associação Cidade Velha, Cidade Viva; Fórum Belém; Observatório Social de Belém; Associação Sempre Apinagés; Associação No Olhar; e Movimento É Agora, Belém, com a íntegra da justificativa apresentada.

Há cerca de um mês o prédio do Ministério da Fazenda em Belém, localizado na esquina da Av. Presidente Vargas com Rua Gaspar Viana, no bairro da Campina, foi destruído por um incêndio. A estrutura, visivelmente comprometida, inviabiliza qualquer atividade no interior do edifício, que ainda está sob perícia para avaliação completa dos danos.

A construção, que destoa completamente do conjunto arquitetônico local, foi erguida numa época em que não havia lei estabelecendo o gabarito máximo na orla e no entorno de sítios históricos e arqueológicos.

Raimundo Santos argumenta que, considerando a legislação em vigor para proteção do Centro Histórico de Belém, não se justifica gastar milhões dos cofres públicos na recuperação de um prédio que, além do contraste visual com o casario do entorno, impede a ventilação e impacta gravemente a vizinhança, atraindo o trânsito obrigatório de contribuintes de todo o Pará, numa área já em colapso no que tange à mobilidade urbana, prejudicando a qualidade de vida da população.

O Ouvidor da Alepa ressalta, também, a aproximação dos 400 anos de Belém e a importância da valorização do patrimônio histórico para qualquer cidade civilizada, além dos atores sociais que residem, trabalham e frequentam o centro histórico, e a deficiência de vagas de estacionamento no local. Para ele, o melhor seria a implosão do prédio sinistrado, com o que o governo federal, através do Ministério da Fazenda, daria um verdadeiro presente para Belém do Pará, permitindo que a sua orla seja ressignificada, com imensurável benefício à população e às gerações futuras, possibilitando que a memória da cidade se perpetue, além de importante contribuição ambiental.

 

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Raimundo Santos cantando “Queima de novo” no Congresso Mulheres da Assembleia de Deus em Belém