Notícias

Ocupação urbana de Belém será tema de debate na Alepa

No próximo dia 03 de junho, a Alepa realiza sessão especial destinada a debater a ocupação urbana de Belém. A iniciativa, do deputado Raimundo Santos, líder do PEN, foi desencadeada em outubro do ano passado, quando o prédio do Ministério da Fazenda, construído com 14 andares na década de 1970 em pleno centro histórico de Belém, quando ainda não havia Plano Diretor do Município – que hoje só permite 4 pavimentos naquela área -, foi destruído por um incêndio. Os restos do sinistro até hoje permanecem sem solução. A estrutura, visivelmente comprometida, inviabiliza qualquer atividade no interior do edifício, destoando completamente do conjunto arquitetônico local, que inclui sítios históricos e arqueológicos, além de representar perigo aos passantes, em plena esquina da Av. Presidente Vargas com Rua Gaspar Viana, berço da cidade.

Na época, o parlamentar chegou a apresentar Moção ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, sugerindo que, em atenção à proximidade dos 400 anos de Belém, o prédio fosse implodido para contribuir com o resgate do patrimônio arquitetônico, histórico, artístico e cultural da cidade, e a sua necessária revitalização. Não houve resposta nem qualquer providência.

Considerando a legislação em vigor para proteção do centro histórico de Belém, e que não se justifica gastar milhões dos cofres públicos na recuperação de um prédio que, além do contraste visual com o casario do entorno, impede a ventilação e impacta gravemente a vizinhança, atraindo o trânsito obrigatório de contribuintes de todo o Pará, numa área já em colapso no que tange à mobilidade urbana, prejudicando a qualidade de vida da população, o deputado Raimundo Santos decidiu, então, convidar pessoas, entidades e órgãos públicos ligados à questão arquitetônica, histórica, ambiental e cultural, e a sociedade em geral para discutir encaminhamentos possíveis tanto para o caso do prédio que abrigava também a Receita Federal, Abin, CGU e SPU, quanto para o edifício do Banco Central, no mesmo perímetro, e outros que descaracterizam o centro histórico e prejudicam a orla de Belém.

A aproximação dos 400 anos de Belém precisa servir para enfatizar a importância da valorização do patrimônio histórico para qualquer cidade civilizada, os atores sociais que residem, trabalham e frequentam o centro histórico, e a deficiência de vagas de estacionamento no local.

O melhor seria a implosão do prédio sinistrado, com o que o governo federal, através do Ministério da Fazenda, daria um verdadeiro presente para Belém do Pará, permitindo que a sua orla seja ressignificada, com imensurável benefício à população e às gerações futuras, possibilitando que a memória da cidade se perpetue, além de importante contribuição ambiental.

Todos estão convidados para o debate, em especial o governador Simão Jatene(PSDB), o prefeito Zenaldo Coutinho(PSDB), os vereadores de Belém, o arquiteto e professor Flávio Nassar, coordenador do Fórum Landi e pró-reitor de Relações Internacionais da UFPA, a presidente da Associação Cidade Velha, Cidade Viva, Dulce Rosa de Bacelar Rocque; o coordenador do Fórum Belém, José Francisco da Fonseca Ramos; o presidente do Observatório Social de Belém, Ivan Silveira da Costa; a presidente da Associação Sempre Apinagés, Maria da Graça Brasil; a presidente da Ong No Olhar, Patrícia Gonçalves; e a presidente do Movimento É Agora, Belém, Réia Lemos, além da Secult/DPHAC, Iphan, Fumbel, Arquivo Público do Pará, FAU/UFPA e Ministério Público.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Botão Voltar ao topo
Raimundo Santos cantando “Queima de novo” no Congresso Mulheres da Assembleia de Deus em Belém