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Patrimônio do Pará: luta marajoara ganha reconhecimento da Alepa

Projeto do deputado Raimundo Santos é aprovado em 1º turno e recebe elogios de parlamentares

O projeto de lei 6/2021, de autoria do deputado Raimundo Santos (Patriota), que declara como integrante do Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial do Pará a manifestação sociocultural e desportiva conhecida como “luta marajoara” foi aprovado em primeiro turno e de forma unânime na sessão plenária de hoje da Assembleia Legislativa (Alepa), a segunda do exercício 2022. Os parlamentares Igor Normando, Fábio Filgueiras e Marinor Brito parabenizaram o autor da proposição e teceram considerações elogiosas sobre a importância do reconhecimento público.

“Quero parabenizar vossa excelência, tendo em vista que ações como essa valorizam o que nós temos de melhor, que é o nosso povo e o que a gente pode contar não só para as futuras gerações, mas também para aqueles que chegam ao Estado”, disse Normando. Segundo ele, “isso reforça o turismo, o pertencimento da população e reforça para que as pessoas possam conhecer essas culturas lá fora. Nosso mandato faz coro a esse projeto que, sem sobra de dúvida, é o início de vários outros que podem ser criados aqui nesta Casa para a valorização cultural e esportiva do nosso povo”, afirmou.

A presidente da Comissão de Cultura da Alepa, Marinor Brito, também enalteceu a iniciativa do líder do Patriota. Na sua opinião, o projeto “recupera uma história, fruto de uma pesquisa de longos anos, produzida por um amante da cultura marajoara”, declarou, referindo-se ao professor e pesquisador Dário Pedrosa, secretário da Federação Paraense da Luta Marajoara (FPLM).

“A gente vê hoje a Assembleia Legislativa valorizar essa construção histórica, essa dedicação, essa abnegação desse colega… É muito legal, é muito bom, viu, deputado Raimundo! Eu fico muito feliz, porque de fato a luta marajoara tem uma tradição muito antiga”, salientou. Já para o deputado Fábio Filgueiras, o deputado Raimundo Santos fez “um resgate da cultura marajoara para ser lembrado e respeitado”.

Em seu pronunciamento na tribuna, Raimundo Santos declarou que “a luta marajoara é esporte, cultura e tradição”. “Trago a importância desse esporte, de origem paraense e já considerada mundialmente. Não se sabe ao certo quando surgiu, mas se perpetuou nos campos, nas fazendas do Marajó e recebeu influências dos nativos, caboclos, dos negros africanos, de homens e mulheres que fizeram essa arte marcial a mais suave de todas, que não admite violência, portanto é uma tradição saudável, boa para o corpo e a alma”, apontou.

Raimundo Santos afirmou ainda em sua manifestação que já apresentou requerimento para a realização de sessão solene em homenagem à luta marajoara e a seus praticantes, que somam cerca de 10 mil pessoas no Arquipélago do Marajó. Ele também informou que é o autor de proposição para tornar a Federação Paraense de Luta Marajoara utilidade pública no Estado e que encontra-se também em tramitação.

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Raimundo Santos cantando “Queima de novo” no Congresso Mulheres da Assembleia de Deus em Belém