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Alepa presta homenagem aos 64 anos da Fundação Pestalozzi no Pará e às pessoas com deficiência

Em comemoração aos 64 anos de atuação da Sociedade Pestalozzi no Pará, a Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa) prestou homenagem, em Sessão Solene nesta quinta- feira (17), à entidade por desenvolver atividades diversificadas e multidisciplinares nas áreas de educação às pessoas com deficiência e com problemas cognitivos, deficiência mental, física e múltipla. Proposta pelo deputado Raimundo Santos, a programação ocorreu no plenário Newton Miranda e contou com a participação especial dos alunos atendidos pela instituição e representantes do Ministério Público, Defensoria Pública, OAB/PA, Apae e universidades.

O deputado Raimundo Santos destacou a importância e a responsabilidade em promover a homenagem à Fundação e às pessoas com deficiências.

“É uma sessão comemorativa em homenagem à atuação da Pestalozzi e também às pessoas com deficiência. Ouvimos dos oradores de que a luta e a inclusão plena das pessoas com deficiência devem ser permanentes, porque nós temos a necessidade de ultrapassar barreiras.  Na Constituição consta o direito à igualdade e nesse sentido essas pessoas enfrentam barreiras de várias formas, e daí temos que entender que a acessibilidade seja uma realidade em todos os aspectos. E a sessão foi nessa direção, de homenagens e ao mesmo tempo de reivindicação para que os poderes públicos, sociedade e as famílias se envolvam nessa luta”, ressaltou.

Pestalozzi

Criada no dia 15 de outubro de 1955, a Fundação Pestalozzi do Pará é uma Organização não Governamental de caráter filantrópico e de Utilidade Pública, comprometida com a educação especial, que há 64 anos vem desenvolvendo um programa diversificado e multidisciplinar para atender pessoas com deficiência no Estado, sendo a pioneira no trabalho especializado de educação com excepcionais.

Cléa Galvão, coordenadora pedagógica da Fundação Pestalozzi, agradeceu a solenidade e pediu mais políticas de inclusão social na educação e capacitação dos professores que  trabalham com essa parcela da população.

“É preciso fazer com que as políticas de inclusão aconteçam. Temos muitas políticas inclusivas na educação que não são implementadas, principalmente no processo educacional da rede pública. Não é simplesmente colocar essas pessoas nas escolas, é preciso dar condições de formação aos professores, instrumentalizar com equipamentos as escolas. Então possibilitar mais isso, porque a barreira não é do aluno, é o nosso espaço, o nosso contexto que tem a barreira. Então, é importante para nós participarmos de sessões como essas para reivindicarmos os direitos para essas pessoas”, observou.

Durante a solenidade, vários oradores se pronunciaram e falaram das dificuldades que precisam ser vencidas com políticas de inclusão e acessibilidade.

O presidente da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae/Belém) e vice-presidente da Apae Brasil, Emanoel Ó de Almeida Filho, relatou a importância da Fundação e sobre a  necessidade de se garantir e ampliar as políticas de inclusão.

“É muito importante homenagear à Fundação Pestalozzi porque é a pioneira no atendimento na defesa dos direitos das pessoas com deficiência. E a Assembleia tem proporcionado alguns ambientes de debates e estes devem prosseguir porque estamos vivendo uma efervescência de processos legislativos que estão de alguma forma regulamentando os direitos das pessoas com deficiência. Estamos em estado de alerta para que essas políticas sejam universalizadas e atendam a todos de forma que a plena cidadania seja respeitada”, disse.

Exemplo

A sessão foi regada de emoção e demonstração de exemplos de superação. O escritor, poeta e ativista do movimento das pessoas com deficiência, Romeu Neto, de 35 anos, é um exemplo de que com o apoio dessas instituições e da família, as limitações são apenas detalhes para superar as dificuldades e o preconceito. Ele é portador de síndrome de Down e se destaca por sua arte, espaço que utiliza para despertar a atenção da sociedade sobre a necessidade de implementar políticas de acessibilidade em vários espaços.

“Esse momento tem a importância particular para reivindicar mais políticas de inclusão e espaços de acessibilidade nas ruas, nas calçadas, nos ônibus, nos órgãos públicos e tantos outros espaços. Peço aos deputados, aos vereadores, aos prefeitos e governadores para que olhem com maior carinho por essas pessoas que necessitam de mais atenção nessas questões”, pontou.

Cultura

A programação contou com apresentação musical do Grupo Vitória Régia e participação da dupla formada por Lucicleide Paiva e Isabelle Paiva. Mãe e filha interpretaram um número musical com linguagem de sinais. A filha, Isabelle, tem 18 anos e possui síndrome de Down.

Superação

No evento o público pode conferir um pouco da história do jovem ilustrador e desenhista Lucas Quaresma. Ele é autista e autor de 10 revistas em quadrinhos (gibis) com temáticas diversas como meio ambiente, Amazônia, bullying, entre outros.

Reconhecimento

Durante a cerimônia, foram entregues certificados de honra ao mérito à diversas personalidades e representantes de instituições pelos relevantes trabalhos desenvolvidos em prol das pessoas com deficiência.

Por Mara Barcellos – AID – Comunicação Social

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Raimundo Santos cantando “Queima de novo” no Congresso Mulheres da Assembleia de Deus em Belém